quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Internet pela rede elétrica ganha impulso no Brasil

A transmissão de banda larga pela rede elétrica, que é testada e estudada no país há anos, ganhou um impulso importante nesta semana, depois que o conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a criação de uma consulta pública sobre o assunto.
Ainda não há data para que a consulta pública seja realizada, mas esse é o primeiro passo para que o Brasil tenha uma regulamentação para essa nova modalidade de conexão, que usa a infra-estrutura de redes elétricas em conexões que podem chegar a 200 Megabits por segundo (Mbps). Hoje, a velocidade mais alta disponível no país não passa de 30 Mbps.
Pedro Luiz de Oliveira Jatobá, presidente da Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), defende a adoção da tecnologia Power Line Communication (PLC) no Brasil há anos e comanda testes que a entidade realiza em locais de baixa renda.
Agora, ele afirma, em entrevista à Reuters, já ter "uma expectativa concreta" de que o sistema se massifique no Brasil em cerca de um ano.
De acordo com o executivo, que também atua na Eletrobras, "há vários grupos interessados com investimentos previstos só aguardando essa regulamentação".

Jatobá afirmou estar acompanhando de perto o desenrolar do assunto na Anatel e lembra que, no caso da conexão conhecida como "indoor" - só dentro de um determinado ambiente - já existem exemplos de uso em hotéis e edifícios comerciais porque essa modalidade não depende de regras da agência.
"Agora isso poderá se massificar nas residências", acredita o executivo, já que a popularização pode baratear os custos dos equipamentos e se tornar uma opção a mais de conexão.
O presidente da Aptel prevê a união entre as operadoras de telefonia e as concessionárias de energia elétrica para levar essa nova opção aos clientes. "Eu acredito no modelo das parcerias", afirmou.
Ele lembra que "está aumentando muito a demanda das elétricas por recursos de telecomunicações" para a instalação de medidores eletrônicos e sistemas de acompanhamento remoto do consumo de energia nas casas.

Tal demanda poderá aproximar os dois grupos de empresas, na avaliação de Jatobá, já que as teles e os provedores de Internet podem ter na infra-estrutura elétrica uma forma de ampliar seu escopo de atuação. "Vai haver uma convergência natural das redes", espera.

Jatobá também informou que a japonesa Panasonic está participando dos testes de banda larga pela rede elétrica que a Aptel realiza em Barreirinhas (MA) e que, além de modems, fabrica para outros países equipamentos com a tecnologia PLC embutida, como televisores, câmeras de vigilância e sistemas de portão eletrônico.

Em Barreirinhas, o PLC é usado como canal de retorno da TV digital, o que garante a interatividade imaginada pelo governo nesse novo sistema de TV. "Nossa intenção é que isso aconteça também em outras localidades", afirmou.
O bairro Restinga, na periferia de Porto Alegre (RS), também vive um teste da tecnologia para conexões de locais públicos, como postos de saúde e escolas.
A tecnologia permite conexões em até 200 Mbps e, nos testes já realizados até agora, a Aptel conseguiu, "em condições normais", 60 a 70 Mbps. Jatobá explica, entretanto, que "várias medidas podem melhorar o desempenho da rede" e elevar a velocidade possível, como a segregação de circuitos.

Ainda não é possível mensurar o preço ao usuário final, segundo ele, porque isso vai depender "do mercado e do tipo de aplicação" que vai se dar a essa modalidade de conexão.

Reuters

Japão terá conexão de 1 Gigabit por segundo em outubro


Enquanto muitos dos usuários domésticos de Internet no Brasil se limitam a conexões de 1 Mbit/s ou, em muitos casos, à conexão discada de 56k, no Japão a realidade é outra. O país se prepara para implantar a tecnologia de 1 Gbit/s.
O site The Inquirer noticiou que a novidade será implementada pela operadora de cabo KDDI e utilizará comunicação via fibra óptica, destinada principalmente a usuários domésticos.
A nova velocidade estará disponível a partir de 1º de outubro e é ainda maior do que o atual padrão japonês, de conexões de 100 Mbit/s - que já é bastante alta, se comparada ao que existe no Brasil.
Usuários interessados precisarão pagar a mensalidade de 5.985 ienes, o equivalente a US$ 56 (aproximadamente R$ 100), o que dará direito à conexão e ao uso de serviços telefônicos em planos de contrato por dois anos, de acordo com o site Japan Today.

Magnet

Internet pela rede elétrica é testada no Brasil



A japonesa Panasonic está de olho na regulamentação do serviço de banda larga pela rede elétrica no mercado brasileiro.
A companhia trouxe seus modems para conexão pela tecnologia PLC (da sigla Power Line Communication) e está testando o serviço em Barreirinhas (MA), em parceria com a Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel).

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública nesta semana uma proposta para regulamentar o serviço de Internet pela rede elétrica no país.

Como explicou Eduardo Kitayama, consultor técnico de vendas da Panasonic Brasil, a empresa colocou três equipamentos em Barreirinhas, em uma biblioteca pública, em um restaurante e em uma loja, onde as conexões estão sendo feitas a uma velocidade de 200 Mbps - hoje as velocidades mais altas no país são a 30 Mbps.

Outros testes devem ser iniciados em 2009, segundo ele, também em parceria com a Aptel. Em Recife (PE), por exemplo, elas deverão testar o PLC em um novo empreendimento imobiliário que está em fase de construção.

Antes mesmo da regulamentação, algumas concessionárias de energia já realizaram testes da tecnologia em suas regiões. Esse é o caso, por exemplo, de estados como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

De acordo com Kitayama, o PLC poderá ser um complemento a outras tecnologias de conexão, como o Wi-Fi, especialmente em regiões onde a rede fixa de telefonia não esteja presente.

"Dos 58 milhões de domicílios existentes no Brasil, 20 milhões não têm rede de telefonia fixa. Já a energia elétrica está em 99% das casas", comparou. Nas grandes metrópoles, especialmente em prédios antigos, o PLC também pode ser uma alternativa à uma infra-estrutura já obsoleta e congestionada, por exemplo.

Ele explicou que hoje os modems da Panasonic são fabricados na Malásia e no Japão. No Brasil, entretanto, "a tecnologia é nova e ainda desconhecida do consumidor final". Ele espera, no entanto, que "a partir de 2009 comece a existir uma certa demanda" e, quando ela o justificar, a empresa poderá nacionalizar a sua produção. "É preciso ter volume para justificar a fabricação".
A companhia já vende modems para conexões pela rede elétrica em seu próprio país de origem, além de nos Estados Unidos, México e algumas nações da Europa. No Japão, explicou ele, "o modem PLC já é vendido nas prateleiras das lojas".
A empresa também planeja a conexão de equipamentos por meio desta tecnologia. No Japão, por exemplo, um interfone é conectado a uma TV de plasma e, com a conexão via PLC, permite ao morador ver a imagem da pessoa que está batendo em sua porta.
Como admite que "a escassez de energia é uma preocupação", Kitayama afirma que o PLC poderá, inclusive, ajudar no controle de gastos de cada eletrodoméstico se estiverem conectados aos medidores de consumo da concessionária de energia.

Reuters

Anatel não pretende regular acesso à web pela rede elétrica

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer regulamentar os equipamentos e as faixas de freqüência em que a Internet pode trafegar pela rede elétrica, mas não pretende ditar regras sobre o modelo de negócios dessa nova opção de conexão.
A informação foi dada por Plínio de Aguiar Júnior, conselheiro da Anatel, ao participar do seminário Concentração & Concorrência.

A agência colocou o assunto em consulta pública por 30 dias, período encerrado nesta terça-feira. Foram recebidas 445 contribuições, que serão agora analisadas pela área técnica da agência e depois pelo conselho diretor.
O uso da infra-estrutura de rede elétrica para a conexão à Internet é conhecida no setor pela sigla PLC, de "power line communication". O modelo já foi alvo de testes em várias regiões do Brasil como uma opção em áreas onde outro tipo de tecnologia não esteja disponível.
Como explicou o conselheiro aos jornalistas, a consulta "é uma parte mais técnica, mais ligada à certificação dos sistemas para homologação da Anatel". A agência quer assegurar o bom uso do espectro e a eliminação de interferências.
Segundo ele, a opção de acesso à Internet pela rede elétrica "começa a ficar viável", mas a agência "não vai regular o modelo de negócios".
De acordo com Aguiar, "qualquer um vai poder fazer", bastando pedir uma licença de telefonia fixa ou de comunicação multimídia.

Reuters

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Formato de música digital MT9 quer desbancar o MP3

Dezenas de formatos alternativos de áudio digital correm por fora para desbancar o MP3. Pelo menos um deles já é apontado por especialistas como um promissor desafiante: o MT9.

O Motion Pictures Experts Group, conhecido como MPEG, se reunirá nesta semana na Alemanha para considerar um novo formato digital de áudio, que poderia ser adotado como padrão internacional.

Desenvolvido pelo grupo sul-coreano Audizen, o formato MT9, conhecido comercialmente como Music 2.0, divide um arquivo de áudio em seis canais, como vocais e guitarras.

Os usuários que estiverem ouvindo a faixa poderão alterar o volume dos diferentes canais, como um produtor durante a mixagem, a ponto de poderem isolar cada item.

De acordo com o jornal "Korea Times", os inventores dizem que o novo formato substituirá o MP3 como padrão geral da música digital. Mas certas realidades do setor de música continuam a representar obstáculos ao novo padrão.

Da perspectiva técnica, substituir o MP3 por um novo padrão de música digital seria bastante fácil. Os comerciantes de arquivos digitalizados poderiam, em apenas alguns meses, atualizar todos os seus bancos de dados musicais sob o novo formato. Mas, para fazê-lo, eles teriam de convencer as gravadoras.

Os fabricantes de players de áudio, em especial a Apple, também teriam de começar a fazer produtos que aceitassem o novo formato. Um player de MP3 hoje dura, em média, de 14 a 24 meses, de modo que substituir todos os aparelhos do mercado demoraria algum tempo.Fonte:Reuters

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Gravador Blu-ray envia dados para portáteis


A Sony apresentou no Japão o novo gravador de Blu-ray "BDZ-A70". Ele transfere conteúdo de vídeo a um walkman, ao console PSP e a alguns telefones celulares.
Equipado com HD de 320 GB, dois conversores digitais e um conversor analógico de TV, o produto chegou ao mercado japonês no dia 30 de abril, informa a agência France Presse.

E vem aí a 4G

Convergência e muito mais velocidade se encontram nas redes 4G. Por André Caramuru Aubert

Como a evolução tecnológica é auto-alimentada e não se permite diminuir o ritmo. Enquanto o 3G vai sendo introduzido no dia-a-dia das pessoas, os centros de pesquisa preparam a próxima geração móvel, a 4G.

Depois das altas performances em transmissão de dados da terceira geração, a quarta trará, finalmente, a solução definitiva para o trânsito das grandes cidades, o teletransporte.
Atenção, antes que algum apressadinho se anime, é brincadeira. De qualquer forma, e embora ainda haja bastante coisa por especificar quanto a padrões e tecnologias empregadas, tarefa a cargo da ITU (International Telecommunications Union), que deverá mediar e acomodar interesses de grandes fabricantes e operadoras, as promessas do 4G são sólidas.

Por exemplo, a taxa de transmissão de dados mínima entre dois pontos (dois celulares em qualquer ponto do globo ou um servidor e um celular movendo-se em alta velocidade) será de 100 Megabits por segundo (Mbps), enquanto a taxa normal entre um servidor e um celular parado ou movendo-se lentamente será de 1 Gigabit por segundo (Gbps).

Para se ter uma idéia, a taxa mínima (100 Mbps), permite que um filme longa metragem com resolução de DVD seja baixado em cerca de cinco minutos. Será possível assistir a TV digital de alta definição, fazer videoconferência com diversos usuários, baixar montes de músicas, e muitas destas coisas ao mesmo tempo, no celular ou usando o celular como modem. Convergência, uma palavra que andou na moda, encontra seu destino no 4G.

Se o 3G é rápido, o 4G é muito mais. E essa é, na verdade, a grande promessa da quarta geração. Apesar da velocidade toda, até agora os exemplos citados para justificar a nova geração mostram mais uma evolução, ainda que significativa, do que uma revolução.

Afinal, assistir filmes no celular pode ser bom, mas a 3G já está perto disso, e será que poder assistir a “E o vento levou” num celular em alta resolução será grande vantagem? Certamente, não para a saúde dos olhos. E não há, aí, qualquer quebra de paradigma.

Antecipando-se ao que virá, penso em soluções na área médica, por exemplo. Um cirurgião poderia acompanhar, em alta resolução, o estado de uma pessoa acidentada antes que ela chegasse ao hospital, orientando os para-médicos com muito mais precisão do que ocorre hoje. Na verdade, ele poderia até mesmo operar um robô-cirurgião remotamente. Exemplos desse tipo, na verdade, é que podem justificar o 4G.

André Caramuru Aubert, um dos pioneiros em tecnologias móveis no Brasil, é consultor. E-mail: andre@magically.com.br